Reinações de Narizinho - Monteiro Lobato

Edição de 1969
Editora Brasiliense

Edição de 1971 (1972/1973)
Editora Brasiliense

Edição de 1973
Editora Brasiliense

Edição de 1975 (1986/1993/2004/2005)
Editora Brasiliense


Edição de 1988
Editora Brasiliense

Edição de 1993 (2002/2004)
Editora Brasiliense

Sinopse:
O mundo mágico de Monteiro Lobato agora mais acessível à criança de hoje, em edição didática, utilizavél em sala de aula. Uma introdução esclarecedora, todas as dificulades de texto explicadas ali mesmo, nas margens de cada página, comentários a cada capítulo e resumos dos capítulos não incluídos, para que a criança tenha uma visão de conjunto da obra toda. Acompanha um caderno de exercícios e atividades que pode ser adquirido separadamente.
(Obra adaptada - NÃO CONTÉM TODOS OS TEXTOS NA ÍNTEGRA)

Edição de 2007
Ilustrada por Paulo Borges
Editora Globo

Edição de 2007
Ilustrada por Paulo Borges
Editora Globo

Confira:
Livro para leitura on-line:
http://books.google.com/books?id=_r1B2tQYf-IC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_slider_thumb#v=onepage&q&f=false

Download da obra:
http://www.4shared.com/document/p-7HAUTL/Monteiro_Lobato_-_Reinaes_de_N.htm

“Cara de Coruja” – a experiência de leitura como recurso para a renovação dos contos de fadas de Charles Perrault no conto de Monteiro Lobato:
http://www.abralic.org/anais/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/073/GEOVANA_SANTOS.pdf
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Memórias da Emília - Monteiro Lobato

Companhia Editora Nacional
Edição de 1957 (1962/1964)
Editora Brasiliense

Edição de 1959 (1965)
Editora Brasiliense

Edição de 1966 (1968/1969)
Editora Brasiliense

Edição de 1972 (1973)
Editora Brasiliense

Edição de 1978 (1979)
Editora Brasiliense

Edição de 1985 (1988)
Editora Brasiliense

Edição de 1985 (1993/1994/2002/2004)
Editora Brasiliense

Sinopse:
Emília, muito da metida, resolve contar suas memórias. Ou será que seria mais correto dizer "mentir" suas memórias? Afinal, ela mesma diz que aquele que escreve sobre si próprio tem um pé na enganação, na mentira: se a gente contar o que realmente aconteceu, vão perceber que a vida da gente é igualzinha à de todo mundo. Ou seja: meio besta. Decidida, a capeta chama o Visconde de Sabugosa para ajudá-la. Ela ditaria, o Visconde faria as vezes de "escrivão". Após um início inseguro e hesitante... as memórias começam, enfim, a ser inventadas.

Edição de 2007
Ilustrações Paulo Borges
Editora Globo

Sinopse:
Nesse livro, Emília resolve colocar no papel todas as aventuras pelas quais passou durante sua existência. Para isso, ela tem a ajuda do Visconde de Sabugosa, que, conformado, ouve e toma nota de tudo o que ela diz. Com muita imaginação, a boneca de pano conta não só as coisas que aconteceram, mas também como bem entende, ou seja, com seu jeito "emiliano" se ser.
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A menina do Narizinho Arrebitado - Monteiro Lobato

Edição de 1920 (1982)
Editora Monteiro Lobato & Cia
Em 1920, durante uma partida de xadrez com Toledo Malta, este contou a lobato a história de um peixinho que, saído do mar, desaprendeu a nadar e morreu afogado.

Lobato conta que perdeu a partida porque o peixinho não parava de nadar em suas idéias, tanto que logo sentou-se à maquina e escreveu a "História do peixinho que morreu afogado".

Até hoje os pesquisadores buscam esse conto, já que Lobato não se lembrava de onde o publicou. O fato é que isso foi um embrião para que finalmente o escritor decidisse concretizar um velho plano: escrever para crianças. Há anos tinha escrito ao amigo Rangel dizendo que não encontrava bons livros para os filhos; o que então existia eram as edições portuguesas de fábulas e contos de fadas, mas numa linguagem que espantanva os pequenos ao invés de criar o encanto pela leitura.

No Natal de 1920 surge "A Menina do Narizinho Arrebitado", um livro grande, classificado como "fantasia", fartamente ilustrado por Voltolino.

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Novos Contos de Andersen - Monteiro Lobato

Edição de 1934
Companhia Editora nacional

Edição de 1962
Editora Brasiliense

Confira:
Bicentenário Hans Christian Andersen:
http://www.fnlij.org.br/%5Cimagens%5Csocios%5Cnoticias4.2.pdf
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As aventuras de Hans Staden - Monteiro Lobato

Edição de 1934


Edição de 1960 (1968)
Editora Brasiliense


Edição de 1971
Editora Brasiliense

Edição de 1972
Editora Brasiliense



Edição de 1996 (1997/2001)
Editora Brasiliense

Edicão de 2009
Ilustrada por Luiz Maia
Editora Globo

Sinopse:
A história do jovem alemão de temperamento aventureiro que desembarcou no Brasil e foi capturado pelos índios é narrada por Dona Benta a seus netos. A avó relata a saga do viajante alemão, aprisionado durante 9 meses pelos canibais.
Em meio a um cenário repleto de animais, florestas, embarcações, o leitor acompanha todas as dificuldades enfrentadas por Hans Staden durante o tempo em que foi prisioneiro e sofreu ameaças de ser devorado pelo índios. Também conhece as tentativas de Hans em convencer os canibais a não comê-lo, como no trecho em que os alerta dos perigos de assar e comer a carne dos portugueses, que eles julgavam inimigos. "A carne humana é um veneno terrível e a tua doença vem de a teres comido. Se de hoje em diante desistires de comê-las, sararás e nunca mais terás sonhos tristes".
Aventure-se ao lado de Hans Staden e dos personagens do Sítio do Picapau Amarelo e descubra como o alemão precisou de destreza, agilidade, sagacidade, sorte e muita coragem para continuar vivo.

Edição de 2009
Quadrinhos de Denise Ortega e Stil
Ilustrada por Arcon
Editora Globo

Sinopse:
Depois de ter vivido muitas aventuras e de quase ser devorado por uma tribo de índios em terras brasileiras, Hans Staden resolveu contar sua história no livro "Duas Viagens ao Brasil", de 1557. Impressionado com os relatos, Monteiro Lobato quis que as crianças brasileiras conhecessem essas histórias. A adaptação da obra feita pelo autor fez com que as aventuras de Hans Staden ficassem muito mais gostosas de se ler porque são apresentadas com aquele jeitinho todo especial que só Dona Benta tem para contar histórias.
A obra lobatiana Aventuras de Hans Staden, lançada em 1927, ganha agora uma versão em quadrinhos de Denise Ortega e Stil, com ilustrações de Arcon. O livro traz também matérias a respeito da obra original, da vida de Hans Staden, da versão de Lobato para as crianças e está de acordo com a nova ortografia da Língua Portuguesa.

Confira:
Hans Staden E O Modernismo Brasileiro (visualização e download):
http://www.scribd.com/doc/15935184/Hans-Staden-E-O-Modernismo-Brasileiro


Hans Staden - Um Aventureiro no Novo Mundo:
http://www.4shared.com/document/YXe9gyvb/Hans_Staden_-_Um_Aventureiro_n.htm

Hans Staden - Suas Viagens e Captiveiro Entre Os Selvagens Do Brasil - 1900

http://www.scribd.com/doc/28481292/Hans-Staden-Suas-Viagens-e-Captiveiro-Entre-Os-Selvagens-Do-Brasil-1900

Apresentação:
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Música Lobo Mau - Ivete Sangalo

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Música Lobo Bobo - Ronaldo Bôscoli / Carlos Lyra

Lobo Bobo

Composição: Ronaldo Bôscoli / Carlos Lyra


Era uma vez um lobo mau
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém , mas arriscou
E logo se estrepou
Um Chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Mas Lobo Mau insiste e faz cara de triste
Mas Chapeuzinho ouviu os conselhos da vovó
Dizer que não pra lobo, que com lobo não sai só
Lobo canta, pede, promete tudo até amor
E diz que fraco de lobo é ver um Chapeuzinho de maiô
Mas Chapeuzinho percebeu
Que Lobo Mau se derreteu
Pra ver você que lobo também faz papel de bobo
Só posso lhes dizer, Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira que não janta nunca mais

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Chapeuzinho diferente - Pica pau



Desenho animado de 1957
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Os três porquinhos pobres - Érico Veríssimo

Edição de 1986
Ilustrada por Vera Muccillo
Editora Gloobo

Ilustrada por Rui de Oliveira
Editora Globo

Edição de 2003
Ilustrada por Eva Furnari
Companhia das Letrinhas

Sinopse:
Os três porquinhos pobres conta a história dos irmãos Sabugo, Salsicha e Lingüicinha. Sabugo, o mais velho, era preto. Salsicha, o porquinho do meio, era ruivo. O mais novo se chamava Lingüiçinha e era malhado. Os três dividiam o mesmo chiqueiro no quintal de uma casa muito pobre. Certa noite, com medo de ir parar no forno, decidem fugir.Os porquinhos vão parar na cidade e entram de fininho num cinema. Para alegria dos três irmãos, o filme que estava passando era Lobo Mau - As aventuras dos três leitõezinhos, de Walt Disney. Os porquinhos se põem a torcer pelos leitões, gritando e dando pinotes na sala de cinema. O público fica assustado e a confusão se instala.Os três porquinhos pobres saem correndo e, inspirados pelos heróis do filme, decidem viver grandes aventuras, mas acabam se metendo numa grande enrascada. Para sorte deles, conhecem uma compreensiva Menina do Chapeuzinho Verde, que os acolhe em sua casa.O livro brinca com clássicos das histórias infantis e traz o estilo inconfundível de Erico Verissimo, um dos mais importantes escritores da literatura brasileira, autor de O tempo e o vento, além das belas ilustrações de Eva Furnari.

Confira:
Download da obra:
http://www.4shared.com/get/246210616/99d4d32b/OS_TRES_PORQUINHOS_POBRES.html

Erico Veríssimo, permanente jornalista militante:
http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-strelow-erico-verissimo.pdf

O contador de histórias para crianças e jovens:
http://www.letras.ufmg.br/poslit/08_publicacoes_txt/er_11/er11_vta.pdf

Erico Veríssimo: profissão, escritor:
http://www1.fapa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista38/art12.pdf

Veríssimo e a Literatura Infantil:
http://sites.unifra.br/Portals/36/ALC/2003/verissimo.pdf

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A pequena vendedora de fósforos - Curta Metragem

The Little Matchgirl
2007

Em 2005, a Walt Disney Feature Animation concluiu a produção de uma nova adaptação do conto de Hans Christian Anderson: A pequena vendedora de fósforos (The Little Matchgirl), de Roger Allers e Don Hahn, um curta-metragem de sete minutos, que deveria integrar a coletânea Fantasia 2006. Mas o projeto foi cancelado e A pequena vendedora de fósforos foi finalizado à parte, sem qualquer chance de distribuição mundial nos cinemas, apesar de indicado ao Oscar de melhor curta-metragem de animação em 2007. A única possibilidade de vê-lo é adquirindo a edição de 2006 (a norte-americana Platinum Edition; a brasileira Edição Especial) do DVD do longa-metragem A pequena sereia (The Little Mermaid), também baseado num conto de Anderson, e no qual A pequena vendedora de fósforos é oferecido como bônus.

À diferença da maioria das adaptações para o cinema dos trágicos contos de Anderson, A pequena vendedora de fósforos conserva seu final infeliz. A história passada originalmente num dia de inverno na Dinamarca é transposta para a Rússia czarista, quando uma menina pobre tenta em vão vender seus fósforos. Se no conto a menina tem um pai que a espera em casa e no qual ela pensa com temor, no filme ela parece ser uma órfã, sem teto, sem comida, menor abandonada que acende, à noite, na tentativa de aquecer-se num beco escuro da gelada metrópole russa, os palitos de fósforo que não conseguiu vender. A cada palito riscado, uma imagem de felicidade a envolve, mas para apagar-se assim que o fogo o consome. Ela sonha com jantares suntuosos com pastéis, assados e doces; com sua avó carinhosa a acolhê-la numa dacha com porta de madeira pintada de motivos florais; com uma árvore de Natal prometendo-lhe as maiores alegrias infantis. Mas ao consumir-se seu último fósforo, a pequena vendedora morre de frio, de fome e de solidão.

O diretor Roger Allers, em breve depoimento no DVD, declarou que, quando criança, nunca conseguia chegar ao fim do conto de Anderson sem chorar. A rara sensibilidade deste diretor evidencia-se a cada momento da animação: A pequena vendedora de fósforos é um filme mudo de um expressionismo puro: sem nenhuma palavra proferida, as ações são pontilhadas apenas pelo tocante Quarteto de cordas nº. 2 em ré maior, de Aleksandr Borodin. Tudo é desenhado em tons pastéis de cores frias (pretos, azuis, cinzas e brancos), deixando as cores quentes (verdes, laranjas, vermelhos e marrons) irromperem no visual gelado e sombrio apenas quando uma luz ou um fogo é aceso e, sobretudo, a pequena vendedora risca seus fósforos.

A reconstituição de uma Rússia dostoievskiana é perfeita em cada detalhe, dos edifícios e da neve que os recobre, recordando “Noites brancas”, à cruel indiferença dos adultos que se recusam a comprar da pobre órfã um único fósforo. Em A pequena vendedora de fósforos, a arte da animação atinge um de seus grandes momentos, infelizmente sem a visibilidade que merecia nas salas de cinema.
Fonte: http://milolhos.blogspot.com/2008/03/pequena-vendedora-de-fsforos.html

Confira:
Título original: The Little Matchgirl. Curta de animação indicado ao Oscar 2007.
http://www.youtube.com/watch?v=_rill4j6c0k


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Nove chapeuzinhos - Flávio de Souza

Edição de 2007
Editora Companhia das Letras
Diversos ilustradores

Sinopse:
Em 1697, foi publicado na França Histórias ou contos de outrora, livro escrito pelo funcionário civil aposentado Charles Perrault (1627-1703), que incluía histórias hoje mais do que conhecidas nossas, como A Bela Adormecida, O Barba-Azul, O Gato de Botas, Cinderela, O Pequeno Polegar e... Chapeuzinho Vermelho. Nessa primeira versão publicada, o Lobo Mau simplesmente devora a vovó e a Chapeuzinho Vermelho e fim. Mas muitas outras versões vieram depois dessa, com diversos desfechos - ora o Lobo Mau engole as duas, ora a Chapeuzinho se defende...
Agora é a vez de Flavio de Souza entrar nessa brincadeira. Em Nove Chapeuzinhos ele cria divertidas versões para essa história, mudando sempre o lugar e a época em que ela se passa. Seja no período cretáceo, entre os dinossauros; na Índia, há três mil anos; na mitológica Grécia Antiga; em Pindorama, por volta de 1500; numa floresta da Inglaterra, na Idade Média; na capital do Império do Brasil, em 1889; em Minas Gerais, algum tempo atrás; em 2001, escrita em 1901; ou em 3006, escrita em 2006, a Chapeuzinho, sua avó e o Lobo Mau fazem a festa, trocando de sotaque, roupa e penteado. Cada versão ganhou a contribuição de um ilustrador diferente.

Confira:
Site da editora:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40439
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O capuchinho cinzento - Matilde Rosa Araújo

Edição de 2005
Ilustrada por André Letria
Editora Paulinas

Sinopse:
A menina Chapeuzinho Vermelho envelheceu. Agora ela é Chapeuzinho Cinzento: uma mulher prudente e mais confiante.
Um pouco cansada e com o corpo mais frágil por causa da idade, Chapeuzinho aprendeu a conviver pacificamente com o lobo. Uma relação tão pautada pela tranquilidade que o lobo até se encanta com a ternura do olhar - o mesmo da menina que levava guloseimas à vovó doente - e que agora o afaga como se fosse um cão.
Narrativa estilizada ou que se apropriou do conto Chapeuzinho Vermelho, Matilde Rosa Araújo, escritora portuguesa renomada, resgatou do acervo dos contos maravilhosos uma das personagens mais conhecidas e amadas pelas crianças. Antes vestida com capa vermelha para retratar a menina púbere, agora Matilde nos conta sobre a mulher vestida de cinza, alcançada pelos anos que se passaram; mais segura e tranquila, porém ainda dentro de uma história inacabada, que mesmo em harmonia com o lobo, ainda tem muito por contar.
André Letria imprimiu nas suas ilustrações índices simbólicos carregados de criatividade; são imagens que desafiam o leitor no jogo da interpretação em um cruzamento da versão clássica com a poética de Matilde Rosa Araújo.

Texto da obra:

O Capuchinho Cinzento

Matilde Rosa Araújo

O que posso eu contar?

Passaritos de cristal, por que andam em volta da minha cabeça a contar uma história que eu não entendo?

A Lua a rodar na noite e a minha cabeça entontecida a escutar, a escutar. A Lua tão redonda, grande, cheia de luz, vai descansar enquanto a noite for morrendo…

Passaritos de cristal, o que têm para me dizer?

E os passaritos de cristal, a voar, a cantar:

— É a história do Capuchinho Cinzento, que foi o capuchinho vermelho da menina que levava uma merendinha à avó e encontrou um lobo mau!

— Ó delicados cantores de cristal, digam-me, cantem-me, o que aconteceu ao Capuchinho Cinzento, agora, com tanta idade?

— Lembra-se do Capuchinho Vermelho a caminhar pelo bosque verde cheio de paz? Um bosque de folhas verdes molhadas de pérolas de orvalho? Um bosque perfumado com o aroma das folhas que dançavam com o vento? Que secavam com o lume de luz que tombava dos céus?

— Ó delicados cantores de cristal, ajudem-me, tragam-me à ideia um beijo de prata do frio das águas para eu desprender. Eu só vejo a Velha de Capuchinho Cinzento muito perto, muito perto de mim. E vejo um Lobo com botas de espinheiros a caminhar, a caminhar, a caminhar…

Ai, passaritos de cristal, para onde vai a Velha de Capuchinho Cinzento?

— Irá talvez à fonte ouvir o violino da água que corre, ou vai buscar uma cantarinha de água.

A água, quando fica presa dentro da cantarinha de barro, não pode cantar. Mas mata a sede!

— Passaritos de cristal, digam-me o que eu não sei contar. Cantem! Viram um dedal brilhante no dedo da Velha de Capuchinho Cinzento?

— Ela esqueceu-se de o tirar quando veio à fonte. Estava a coser nos calções e sainhas dos netos, aqueles buracos das roupas que só as crianças sabem fazer. Levantou-se num repente e começou a andar…

— Sabem, passaritos? Eu oiço a Velha de Capuchinho Cinzento cantar! Com uma voz trémula, já um poucochinho rouca, mas entoada e doce como quando tinha o capuchinho vermelho. E ia tão contente, pelo bosque, levar a merendinha à avó. Ah! Mas agora eu continuo a ver o Lobo a caminhar, a caminhar… em direcção à Velha de Capuchinho Cinzento.

— Ela nem dá por ele, assim a cantar e já um pouco surda. E o Lobo vem devagar, manso, muito manso, para não a assustar.

— Passaritos de cristal, ajudem-me agora! Estou aflita a contar esta história. História que se passou. De verdade. E parece que quer continuar… Ó delicados passaritos de cristal, então por que é que a Velha de Capuchinho Cinzento vai à fonte? É noite ainda, e ela canta, canta e a Lua redonda dança no céu!

O Lobo avança em sua direcção. E a Velha não escuta os seus passos… Parece que o seu escutar só entende o violino da água da fonte que vai prender na cantarinha de barro. A Velha já vai ficando cansada, as pernas estão fracas, doridas de tanta idade. Então, vê uma pedra do bosque, quase escondida debaixo dos musgos que a cobrem. E ali se senta, com custo (ai, como dobrar os joelhos dói).

Senta-se, poisa a cantarinha sobre os joelhos doídos e, pouco a pouco, deixa-se adormecer.

É escuro ainda, mas quase de dia…

Bate em silêncio, o coração escondido do bosque. Só o dedal brilha no dedo do Capuchinho Cinzento, mágico e brilhante como a lágrima de uma estrela. O Lobo, devagar, devagarinho, vai chegando à pedra cheia de musgo onde a Velha descansa, adormecida. Nem uma rainha de outros tempos descansaria assim num tronco de veludos!

E o Lobo, devagar, devagarinho, chega-se mais à pedra – o Lobo, com botas de espinheiros, os olhos de luzeiros, uma bocarra enorme mostrando alguns dentes agudos, ameaçadores.

— Ai, passaritos de cristal, eu própria que estou a escrever aqui na minha mesa, dentro de casa, tenho medo. Ajudem-me. Vocês não podem espantar o Lobo, pois não?

São tão frágeis as aves, com as suas asas de penas. Aéreas… Eu sei que vocês também têm medo. Mas cantem! Não vamos deixar a Velhinha, pois não? Vejam, ela sonha e sorri, o rosto cheio de rugas debaixo do capuchinho cinzento. E segura a cantarinha entre as mãos, o dedal brilhando como uma lágrima de estrela. Dormem ainda as flores no bosque, fechadas as suas pétalas no aconchego do chão. Ergue-se lentamente o manto da madrugada.

— E o Lobo, passaritos?

— O Lobo vem, vem de manso até à Velha adormecida. E pára, deslumbrado. Os seus olhos são luzeiros de ternura! Lambe docemente as mãos que seguram a cantarinha, lambe o dedal, estrela do Sol.

A Velha de Capuchinho Cinzento estremece. Quase acorda ao sentir aquela língua áspera que lhe passa pelas mãos que seguram a cantarinha. E sorri.

Acorda devagar, olha o Lobo com os seus olhos cansados. Afaga-o, como se o Lobo fosse um cão.

O sol acaba de nascer e, em raios antigos bailando, celebra este reencontro. E beija o dedal, seu irmão de luz.

— Passaritos de cristal, digam-me se sou eu que estou a sonhar, ou se é o Capuchinho Cinzento que sonha. Delicados passaritos de cristal, são vocês que cantam a resposta a esta pergunta?

Ou é a Lua que dançou no céu?

Ou são os meninos de calções e sainhas rotas que a Avó ia coser?

Ou é a música da água dentro da cantarinha?

Ou são as flores que o Sol veio despertar?

Ou é a magia do dedal?

Cantem! Cantem! Não deixem de cantar, voar, para esta história, de claros segredos, nunca acabar…

Fonte: http://contadoresdestorias.wordpress.com/2008/09/09/o-capuchinho-cinzento/


Confira:
Site da editora:
http://www.paulinas.pt/livro_detail.asp?idlvr=592

O Capuchinho Cinzento, de Matilde Rosa Araújo: uma "história de claros segredos":
http://www.casadaleitura.org/portalbeta/bo/documentos/ot_capuchinho_cinzento_srs_a.pdf
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Cappucceto Rosso - Piumini Roberto

Edição de 2005
Ilustrado por Alessandro Sanna
Edizioni El

Confira:
Site da editora:
http://www.edizioniel.com/DB/scheda.asp?idl=1279
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Banquete de capítulos fantásticos - Jonas Ribeiro

Edição de 2008
Ilustrada por Marcia Szeliga
Editora DCL


Sinopse:

Romualdo é um sapo que sonhava em conhecer a princesinha e grande atriz de novelas Fifica Comimigo. Assim, ao completar 15 anos, ele parte para o Reino dos Contos de Fadas, Princesas e Sapos para encontrar sua amada.
Mas Romualdo terá de vencer muitos obstáculos até conseguir receber o beijo que finalmente o fará retornar à sua forma humana.
Com ilustrações prodigiosas e esmeradas de Márcia Széliga, Banquete de capítulos fantásticos, de Jonas Ribeiro, brinda o leitor com uma narrativa extraordinária que mescla um pouco do incrível mundo dos contos de fadas com laivos do mundo real.

Confira:
Livro disponível para leitura on-line em:
http://books.google.com.br/books?id=gZxCZvlq1EYC&printsec=frontcover&dq=Banquete+de+cap%C3%ADtulos+fant%C3%A1sticos+-+Jonas+Ribeiro&source=bl&ots=vy-bI5frzC&sig=qRoNUUpwHoybIJ5QDmv4oco5uIU&hl=pt-BR&ei=yEHjS4HCOoKRuAf5tuVc&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAgQ6AEwAA#v=onepage&q=Banquete%20de%20cap%C3%ADtulos%20fant%C3%A1sticos%20-%20Jonas%20Ribeiro&f=false
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Bem do seu tamanho - Ana Maria Machado

Edição de 1991
Ilustrada por Gerson Conforto
Editora Salamandra

Edição de 2003
Ilustrada por Mariana Massarani
Editora Salamandra

Sinopse:
Pequena para fazer algumas coisas, grande quando os pais diziam que estava agindo como um bebê. Qual seria, afinal, o verdadeiro tamanho de Helena? Ela precisava saber. Por isso, saiu pelo mundo com Bolão, seu Boi de Mamão feito do mamoeiro do quintal. Em sua jornada, Helena encontra novos amigos e também descobre que tamanho é sempre uma questão de ponto de vista. Ou de vontade, pois ser pequeno ou ser grande o tempo todo é mesmo muito chato. Em 'Bem do tamanho da imaginação', Ana Maria Machado mostra ao leitor a importância da imaginação, combinando uma história divertida com um criativo trabalho com a linguagem.

Trecho da história:
Era uma vez uma menina. Não era uma menina deste tamanhinho. Mas também não era uma menina deste tamanhão. Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia assim:
- Helena, você já está muito grande para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja de ficar brincando na lama? Venha logo se lavar.
Que já era bem grande.
Mas às vezes, também, o pai dizia assim:
- Helena, você é muito pequenina para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho ficar brincando num galho de árvore tão alto assim? Desça já daí. Se não, você pode cair
Ai Helena achava que era mesmo uma bebezinha que não podia fazer nada sozinha.
E era sempre assim. Na hora de ir ajudar no trabalho da roça, ela era bem grande. Na hora de ir tomar banho no rio e nadar no lugar mais fundo, ela ainda era muito pequena. Na hora que os grandes ficavam de noite conversando no terreiro até tarde, ela era pequena e tinha que ir dormir. Na hora em que espetava o pé com um espinho e queria ficar chorando no colo de alguém, só com dengo e carinho, sempre dizia que já estava muito grande para ficar fazendo manha. Se ela tivesse um espelho mágico, que nem rainha madrasta da Branca de Neve, bem que podia perguntar:
- Espelho meu, espelho meu, que tamanho tenho eu?


Fonte: http://atividadestododia.blogspot.com/2009/09/texto-era-uma-menina-do-seu-tamanho.html

Confira:
Site da editora:
http://www.modernaliteratura.com.br/moderna/book.php?id_titulo=11015531

Site da autora:
http://www.anamariamachado.com/livro/bem-do-seu-tamanho

Bem do seu tamanho: uma análise de transgressão feminina expressa na personagem Helena:
http://www.fazendogenero8.ufsc.br/sts/ST44/Liliam_Ines_da_Silva_44.pdf
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Sapomorfose ou o príncipe que coaxava - Cora Ronái

Edição de 1983
Ilustrada por Millôr Fernandes
Editora Salamandra

Sinopse:
Para obter um efeito inteiramente novo, uma velha bruxa usou igredientes bem tradicionais, Bruxaria, Sapo e Principe, e promoveu um rebulico no mundo do faz de Conta.

Confira:
Sátira menipéia: uma leitura dos contos de fadas contemporâneos:
http://www.fw.uri.br/publicacoes/linguaeliteratura/artigos/n6_4.pdf

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Histórias à Brasileira: A Moura Torta e outras - Ana Maria Machado - Vol. 1.

Edição de 2002
Ilustrada por Odilon Moraes
Companhia das Letrinhas

Sinopse:
Ana Maria Machado reconta dez histórias brasileiras: "A moura torta", "O macaco e a viola", "João bobo", "O veado e a onça", "Festa no céu", "Dona Baratinha", "Maria Sapeba", "A galinha que criava um ratinho", "O bicho folhagem" e "Pimenta no cocoruto".

Confira:
Site da autora:
http://www.anamariamachado.com/livro/historias-a-brasileira-1-a-moura-torta-e-outras
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Chapeuzinho Vermelho Maurício de Souza

Edição de 2008
Editora Girassol

Sinopse:
Cada livro desta linda coleção traz um conto clássico famoso no mundo todo, representado pelos divertidos personagens da Turma da Mônica.

Os detalhes dourados na capa, as ilustrações em tamanho grande e o texto em letras legíveis despertam o gosto pela leitura, especialmente nas crianças que estão aprendendo a ler.








































































































































































































































































































































Confira:
Download do livro em PDF:
http://www.4shared.com/document/nthUuriq/Chapeuzinho_Vermelho_-_Maurcio.html

Imagens disponíveis em:
http://picasaweb.google.com.br/educinfantil2/CHAPEUZINHOVERMELHO#
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