Barba Azul - Harry Clarke

Estas ilustrações são de 1922:
O Barba Azul de Clarke faz uma figura interessante com seus meiões listrados e sua casaca. Esteta e janota, este Barba Azul parece satisfeito na solidão de seus domínios (TATAR, 2004, p.148).




As ilustrações estão disponíveis em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/bluebeard/clarkeblue.html

http://childillustration.blogspot.com/2008/09/harry-clarke-bluebeard.html


Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

Barba Azul - Arthur Rackham

Estas ilustrações são de 1919:


O desenho de silhueta de Rackham apresenta um fascinante corte transversal do palácio de Barba Azul: o marido exige que a mulher desça para ser executada, a mulher tenta saber se seus irmãos estão a caminho e a irmã Ana espreita o horizonte à procura deles (TATAR, 2004, p.154).


As ilustrações estão disponíveis em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/bluebeard/rackhamblue1.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

Barba Azul - Edmund Dulac

Estas ilustrações são de 1919:
Nesta ilustração orientalizada para a história de Perrault, a mulher de Barba Azul, num belo vestido, entra numa gôndola com suntuosas almofadas (TATAR, 2004, p.149).

Nesta cena que mais lembra um harém, a mulher de Barba Azul e suas convidadas se regalam com os luxos do castelo (TATAR, 2004, p.150).

A mulher de Barba Azul fica paralisada de horror ao contemplar os cadáveres das esposas mortas de seu marido: o quarto escuro, iluminado pela luz que vem de trás da posta, contém a prova dos crimes de Barba Azul (TATAR, 2004, p.150).

Com as chaves jogadas no chão como um sinal de sua indignação, Barba Azul, usando um turbante enorme, está decidido a acrescentar esta oitava mulher à coleção que tem em sua câmara de horrores (TATAR, 2004, p.152).

Debruçada sobre a balaustrada, a mulher de Barba Azul não parece ter perdido de todo a esperança de que sua irmã, no alto da torre, aviste os irmãos que planejavam visitá-la neste dia (TATAR, 2004, p.155).

Empunhando uma cimitarra, Barba Azul ordena à mulher que desça para ser executada. As folhas secas nos galhos intensificam o aspecto de desolação no lugar em que a esposa deve ser assassinada (TATAR, 2004, p.155).

Com espadas ensaguentadas, os irmãos da mulher de Barba Azul perseguem-no escada abaixo e o matam. Na luta, Barba Azul perdeu seu turbante (TATAR, 2004, p.157).

As ilustrações estão disponíveis em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/bluebeard/dulacblue1.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

Barba Azul - Hermann Vogel

Essa ilustração é de 1887:

Chocada, a mulher de Barba Azul deixa a chave do gabinete proibido cair no piso ensanguentado. Os cadáveres das esposas, pendurados na parede como se estivessem em exposição, sugerem que Barba Azul é um mestre na arte do assassinato. O cepo e o machado no primeiro plano revelam o local dos crimes (TATAR, 2004, p.152).

A ilustração está disponível em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/bluebeard/vogelblue.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A História dos Três Porquinhos: Recontada por Rubem Alves

Edição de 2002
Ilustrada por André Ianni
Editora Paulus

Sinopse:
Uma versão moderna e bem-humorada da tradicional história dos Três Porquinhos, onde o mais velho é pedreiro e tem muitas preocupações, contrapondo-se aos outros dois, que são músicos e sempre sonhadores. O pedreiro constrói a casa mais segura, enquanto os demais fazem casas frágeis, de pau e sapé. Um dia, o lobo, assim como na história tradicional, derruba as casas mais frágeis, mas não consegue derrubar a casa mais segura, de cimento, onde os três estão escondidos. Assim, o lobo vai embora e com ele a preocupação e o medo, que fez parte de toda a vida do porquinho mais velho, que termina se tornando, como os outros dois, um músico. No final os três formam uma banda.
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A pequena sereia - Honor C. Appleton

Essa ilustração é de1922:
O sol nascente anuncia o renascimento da Pequena Sereia, que, como uma filha do ar, pode conquistar uma alma imortal praticando boas ações durante trezentos anos (TATAR, 2004, p.331).

A ilustração está disponível em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/littlemermaid/appletonmermaid1.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A pequena sereia - Willian Heath Robinson

Estas ilustrações são de 1913:
O vínculo da Pequena Sereia com o mundo dos humanos é expresso em sua devoção pela estátua mantida debaixo d'agua. O príncipe de estátua tem a aparência de um deus clássico que se encanta com crianças que brincam à sua volta (TATAR, 2004, p.309).









As ilustrações estão disponíveis em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/littlemermaid/whrobinmermaid1.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A pequena sereia - Edmund Dulac

Estas ilustrações são de 1911:

O rei alimenta seus súditos em seu reino submarino (TATAR, 2004, p.305).


Com a cabeça apenas ligeiramente acima da água, o príncipe é salvo pela sereia (TATAR, 2004, p.314).
A Pequena Sereia, anciosa por conquistar o amor do príncipe, avanca pelo triste território da bruxa do mar. Carregando consigo a poção mágica, abre caminho entre os pólipos, sem dificuldades (TATAR, 2004, p.324).

Um príncipe com roupas orientais fita a menina que foi lançada nos degraus pelo mar (TATAR, 2004, p.325).


Numa imagem que faz lembrar a descrição da morte de Ofélia, em Hamlet, a Pequena Sereia morre no elemento que outrora foi seu lar (TATAR, 2004, p.330).

As ilustrações estão disponíveis em: http://www.surlalunefairytales.com/illustrations/littlemermaid/dulacmermaid1.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A pequena vendedora de fósforos - Honor C Appleton

Essa ilustração é de 1920:

Descalça, a pequena vendedora de fósforos senta-se num degrau coberto de neve. Ao acender um fósforo para se aquecer, vê sua avó chamando-a para seus braços (TATAR, 2004, p.283).

A ilustração está disponível em:http://polarbearstale.blogspot.com/2009/12/little-match-girl-by-hcandersen.html

Edição de 2004
Editora Jorge Zahar
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

Bom dia todas as cores - Ruth Rocha



Edição de 1998
Ilustrada por Alberto Lunares
Quinteto Editorial


Sinopse:
Neste livro Camaleão acordou muito feliz, e mudou sua cor para rosa, a cor que ele achava a mais bonita. Durante um passeio encontrou vários de seus amiguinhos e cada um sugeria uma cor diferente para ele usar. Ele concordava e mudava sua cor, mas acabou ficando muito cansado. Ele percebeu então, que não conseguiria agradar a todos todo o tempo, no dia seguinte ele usou só cor-de-rosa.



Bom Dia, Todas as Cores!
Meu amigo Camaleão acordou de bom humor.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
bom dia, todas as cores!

Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho, mudou sua cor
Para a cor-de-rosa, que ele achava
A mais bonita de todas, e saiu para
O sol, contente da vida.

Meu amigo Camaleão estava feliz
Porque tinha chegado a primavera.
E o sol, finalmente, depois de
Um inverno longo e frio, brilhava,
Alegre, no céu.
- Eu hoje estou de bem com a vida
- Ele disse. - quero ser bonzinho
Pra todo mundo...

Logo que saiu de casa,
O Camaleão encontrou
O professor pernilongo.
O professor pernilongo toca
Violino na orquestra
Do Teatro Florestal.
- Bom dia, professor!
Como vai o senhor?
- Bom dia, Camaleão!
Mas o que é isso, meu irmão?
Por que é que mudou de cor?
Essa cor não lhe cai bem...
Olhe para o azul do céu.
Por que não fica azul também?

O Camaleão,
Amável como ele era,
Resolveu ficar azul
Como o céu da primavera...

Até que numa clareira
O Camaleão encontrou
O sabiá-laranjeira:
- Meu amigo Camaleão,
Muito bom dia e você!
Mas que cor é essa agora?
O amigo está azul por quê?

E o sabiá explicou
Que a cor mais linda do mundo
Era a cor alaranjada,
Cor de laranja, dourada.

Nosso amigo, bem depressa,
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo alaranjado,
Louro, laranja, dourado.
E cantando, alegremente,
Lá se foi, ainda contente...


Na pracinha da floresta,
Saindo da capelinha,
Vinha o senhor louva-a-deus,
Mais a família inteirinha.
Ele é um senhor muito sério,
Que não gosta de gracinha.
- bom dia, Camaleão!
Que cor mais escandalosa!
Parece até fantasia
Pra baile de carnaval...

Você devia arranjar
Uma cor mais natural...
Veja o verde da folhagem...
Veja o verde da campina...
Você devia fazer
O que a natureza ensina.

É claro que o nosso amigo
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo bem verdinho.
E foi pelo seu caminho...

Vocês agora já sabem como era o Camaleão.
Bastava que alguém falasse, mudava de opinião.
Ficava roxo, amarelo, ficava cor-de-pavão.
Ficava de toda cor. Não sabia dizer NÃO.

Por isso, naquele dia, cada vez que
Se encontrava com algum de seus amigos,
E que o amigo estranhava a cor com que ele estava...
Adivinha o que fazia o nosso Camaleão.
Pois ele logo mudava, mudava para outro tom...

Mudou de rosa para azul.
De azul para alaranjado.
De laranja para verde.
De verde para encarnado.
Mudou de preto para branco.
De branco virou roxinho.
De roxo para amarelo.
E até para cor de vinho...

Quando o sol começou a se pôr no horizonte,
Camaleão resolveu voltar para casa.
Estava cansado do longo passeio
E mais cansado ainda de tanto
mudar de cor.
Entrou na sua casinha.
Deitou para descansar.
E lá ficou a pensar:
- Por mais que a gente se esforce,
Não pode agradar a todos.
Alguns gostam de farofa.
Outros preferem farelo...
Uns querem comer maçã.
Outros preferem marmelo...
Tem quem goste de sapato.
Tem quem goste de chinelo...
E se não fossem os gostos,
Que seria do amarelo?

Por isso, no outro dia, Camaleão levantou-se
Bem cedinho.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
Bom dia, todas as cores!

Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho,
Mudou sua cor para
A cor-de-rosa, que ele
Achava a mais bonita
De todas, e saiu para
O sol, contente
Da vida.

Logo que saiu, Camaleão encontrou o sapo cururu,
Que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
- Bom dia, meu caro sapo! Que dia mais lindo, não?
- Muito bom dia, amigo Camaleão!
Mais que cor mais engraçada,
Antiga, tão desbotada...
Por que é que você não usa
Uma cor mais avançada?

O Camaleão sorriu e disse para o seu amigo:
- Eu uso as cores que eu gosto,
E com isso faço bem.
Eu gosto dos bons conselhos,
Mas faço o que me convém.
Quem não agrada a si mesmo,
Não pode agradar ninguém...
E assim aconteceu
O que acabei de contar.
Se gostaram, muito bem!
Se não gostaram, AZAR!



Confira:
Download das imagens da obra ou visualização online:
http://picasaweb.google.com/silaine.vicentin/LivroBomDiaTodasAsCores#

Downlod da obra que consta como primeira capa neste post:

Vídeo com contação da história:
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

O menino que aprendeu a ver - Ruth Rocha


[1] Edição de 1998
Quinteto Editorial


[2] Ilustrada por Walter Ono
Quinteto Editorial








Sinopse:

João vivia espantado. Ele via tudo, mas só entendia metade. E o que João não entendia eram as palavras. Então, chegou a hora de entrar na escola. À medida que aprendia, o espanto de João, em vez de diminuir, crescia! Ele viu primeiro a letra A das placas, faixas e revistas. Depois, a letra D. Quando João percebeu, ele já sabia ler!



Confira:
Site da editora:
http://www.ftd.com.br/v4/detalhado.cfm?item_cod=23300206

Download do livro:
http://www.4shared.com/file/134718913/d34cfd30/O_Menino_que_Aprendeu_a_Ver-RUTH_ROCHA.html

Livro para visualização on-line e download:
http://www.slideshare.net/veroleal/o-menino-que-aprendeu-a-ler-1149312

Check out this SlideShare Presentation:

Imagens do livro:
http://picasaweb.google.es/marcyafernandez/OMeninoQueAprendeuAVer#

Vídeo com a história:
http://www.youtube.com/watch?v=AX29rtmQeyk



Vídeo do livro:
http://www.youtube.com/watch?v=MqE7lKLIl8I

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

O fio da meada - Roseana Murray

Edição de 2002
Ilustrado por Elizabeth Teixeira
Editora Paulus

Sinopse:

Com ilustrações divertidas, Roseana Murray e Elisabeth Teixeira fazem com O fio da meada uma envolvente trama a respeito dos pensamentos que tomam conta da cabeça das pessoas de formas diversas. Às vezes, os pensamentos aparecem de forma organizada, outras vezes, surgem sem pé nem cabeça. Ou seja, o universo dos pensamento é imenso, infinito, por onde cada pessoa passeia do seu modo, afinal as pessoas têm formas diferentes de pensar. Este livro é fio com o qual a criança pode refletir a respeito do pensamento, da criatividade e mesmo da tolerância.

Confira:
Site da autora:
http://www.roseanamurray.com/livros.asp

Blog da autora:
http://blogdaroseana.blogspot.com/
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS

A verdadeira história dos três porquinhos - Jon Scieszka

Edição de 1991
Ilustrada por Lane Smith

Edição de 2005
Ilustrada por Lane Smith
Companhia das Letrinhas

Sinopse:
Será que a história dos três porquinhos ocorreu daquele jeito mesmo? Dando a palavra ao lobo, que naturalmente narra os acontecimentos do seu ponto de vista, Jon Scieszka consegue reforçar a "veracidade" da história original, contar uma história nova e engraçada e dar às crianças a oportunidade para demonstrar que compreendem muito bem as coisas.
-->
A verdadeira história dos três porquinhos
Jon Scieszka
“Em todo o mundo as pessoas conhecem a história dos três porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem.
Mas eu vou contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história.
Eu sou o lobo. Alexandre T. Lobo. Pode me chamar de Alex.
Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo Mau, mas está completamente errado.
Talvez seja por causa de nossa alimentação.
Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburguers fossem uma gracinha, todos iam achar que você é Mau.
Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado.
A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar. E eu vou explicar pra vocês.
No tempo do Era uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida e amada vovozinha.
Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito.
Fiquei sem açúcar.
Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho.
Agora, esse vizinho era um porco.
E não era muito inteligente também.
Ele tinha construído a sua casa toda de palha.
Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma casa de palha.
É claro que, assim que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando assim na casa dos outros.
Então chamei: “Porquinho, você está aí?”. Ninguém respondeu.
Eu estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha.
Foi quando meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei. E bufei.
E soltei um grande espirro.
Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o Primeiro Porquinho – mortinho da silva.
Ele estava em casa o tempo todo.
Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda. Então eu o comi. Imagine o porquinho como se ele fosse um grande cheeseburguer dando sopa. Você não comeria também?
Bom, eu estava me sentindo um pouco melhor do resfriado, mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho.
Esse vizinho era irmão do primeiro Porquinho. Ele era um pouco mais esperto, mas não muito.
Tinha construído a sua casa com lenha.
Toquei a campainha da casa de lenha. Ninguém respondeu.
Chamei: “Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?”.
Ele gritou de volta: “Vá embora Lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas”.
Eu tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo.
Eu inflei. E bufei. E tentei cobrir minha boca, mas soltei um grande espirro.
Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele.
Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho – mortinho da silva. Palavra de honra.
Na certa você sabe que a comida estraga se ficar abandonada ao relento.
Então fiz a única coisa que tinha de ser feita.
Jantei de novo.
Era o mesmo que repetir um prato.”
Eu estava ficando tremendamente empanturrado.
Mas estava um pouco melhor do resfriado.
E eu ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho.
Esse sujeito era irmão do Primeiro e do Segundo Porquinho.
Devia ser o crânio da família.
A casa dele era de tijolos.
Bati na casa de tijolos. Ninguém respondeu.
Eu chamei: “Senhor Porco, o senhor está?”.
E sabe o que aquele leitãozinho atrevido me respondeu?
“Cai fora daqui Lobo. Não me amole mais.”
E ainda dizem que eu é quem sou grosseiro.
Ele tinha provavelmente um saco cheio de açúcar. E não ia me dar nem uma xicrinha para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha.
Que porco!!
Eu estava quase indo embora para fazer um lindo cartão de aniversário em vez do bolo, quando senti um espirro vindo.
Eu inflei.
E bufei.
E espirrei de novo.
Então o Terceiro Porquinho gritou:
“E a sua velha vovozinha pode ir às favas.”
Sabe, sou um cara geralmente bem calmo. Mas, quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu perco a cabeça.
Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele Porco. E todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirrando e fazendo uma barulheira.
O resto, como dizem é história.
Tive muito azar: os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porquinhos. E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história com todo aquele negócio de “bufar, assoprar e derrubar sua casa”.
E fizeram de mim o Lobo Mau.
É isso aí.
Esta é a verdadeira história.
Fui vítima de uma armação.
Mas... Será que você pode me emprestar uma xícara de açúcar???


Confira: Download da obra ou visualização online: http://picasaweb.google.com/silaine.vicentin/AVerdadeiraHistoriaDos3Porquinhos#

Livro digital disponível em:

http://carmennyna.blogspot.com.br/search/label/A%20verdadeira%20hist%C3%B3ria%20dos%20tr%C3%AAs%20porquinhos
 A verdadeira história dos três porquinhos: a leitura do jornal a partir do texto literário
http://www.alb.com.br/anaisjornal/jornal1/comunicacoes/A%20verdadeira%20hist%C3%B3ria%20dos%20tr%C3%AAs%20porquinhos%20a%20leitura%20do%20jornal%20a%20partir%20do%20texto%20liter%C3%A1rio.htm

Site do autor:
http://www.jsworldwide.com/

Site da editora:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40015

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • Twitter
  • RSS